Sean Combs (Diddy) é inocentado das denúncias de exploração sexual e formação de quadrilha

O rapper e empresário Sean Combs, mais conhecido como Diddy, acaba de viver um dos capítulos mais pesados de sua vida. Após sete semanas de julgamento, o ex-chefão da Bad Boy Records foi absolvido das acusações mais graves — como tráfico sexual e conspiração criminosa — mas foi considerado culpado por transporte com fins de prostituição, o que ainda pode render até 20 anos de prisão.

Tudo começou com um processo bombástico aberto por sua ex, Cassie Ventura, em 2023, acusando Diddy de tráfico sexual. O caso levou à prisão do artista em setembro de 2024 e abriu a porta para uma avalanche de denúncias que colocaram sua vida pessoal e profissional no centro de um escândalo global.

“Freak offs”, drogas e vídeos explícitos
Os promotores alegaram que Diddy forçava suas namoradas — incluindo Cassie e outra mulher identificada como “Jane” — a participar de encontros sexuais com acompanhantes masculinos, enquanto estariam sob efeito de drogas como ecstasy. O termo “freak offs” virou marca registrada do caso, e o rapper foi acusado de transformar esses encontros em verdadeiros “filmes adultos”, com produção elaborada e instruções bizarras.

Durante o julgamento, os advogados de Diddy reconheceram episódios de violência doméstica, mas negaram que isso se enquadrasse como tráfico sexual.

“Você pode chamar de ménage, swing, o que quiser… mas não é crime”, alegou a defesa.

O veredito e o que vem agora
O júri, composto por oito homens e quatro mulheres, deliberou por mais de 13 horas e, mesmo após divergências internas, decidiu pela condenação por transporte com fins de prostituição — acusação grave, mas muito menos pesada que as outras. A sentença ainda não tem data para ser divulgada.

E o passado de Diddy não para por aí:

• Já escapou de pena por envolvimento em um tiroteio em boate nos anos 90;

• Foi apontado como responsável por um tumulto mortal em 1991, durante evento beneficente;

• Enfrenta mais de 50 processos civis com alegações de agressão sexual, que vão de modelos a profissionais da indústria musical.

Mesmo assim, sua defesa segue firme:

“Diddy nunca agrediu sexualmente nem traficou sexualmente ninguém”, afirma sua equipe jurídica.

Com o peso da justiça se aproximando e uma possível pena de duas décadas à vista, o império de Diddy — que já revelou nomes como The Notorious B.I.G. — balança. Mas será que vai cair?

Fonte: Revista Rollingstone